Ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, foi preso nesta quinta-feira.
Investigação contra ele é derivada da Operação Lava Jato.
O ex-governador do RJ Sérgio Cabral (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo/Arquivo)
O juiz Sérgio Moro afirmou no despacho que determinou a prisão do
ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que as provas
apresentadas pela investigação apontam indícios de que foram cometidos
crimes de forma "profissional e reiterada" pelo político. Cabral foi
detido na manhã desta quinta-feira (17), na Operação Calicute, derivada
da Lava Jato.
"As provas são, em cognição sumária, da prática reiterada, profissional
e sofisticada de crimes contra a administração pública e de lavagem de
dinheiro por parte de Sérgio Cabral e de seu operador financeiro Carlos
Miranda", afirmou Moro.
A operação investiga supostas propinas pagas por construtoras ao
ex-governador fluminense. Segundo o MPF, Cabral recebia propinas mensais
que variavam entre R$ 200 e R$ 300 mil. A investigação aponta que a
fraude pode ter gerado prejuízo de mais de R$ 200 milhões aos cofres
públicos.
Para Moro, o tamanho dos supostos crimes cometidos justifica a prisão
preventiva de Cabral e das outras pessoas envolvidas no caso. "A
magnitude e a reiteração delitiva caracterizam risco à ordem pública",
afirma o magistrado.
Moro também determinou o bloqueio de R$ 10 milhões das contas de Cabral
e das demais pessoas e empresas investigadas na Operação Calicute.
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