Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013. Caso teve repercussão nacional
Foto: Reprodução/Facebook
JC Online
Em sentença dada nesta quarta-feira
(14) na sede da Justiça Federal de Pernambuco, no bairro de Jiquiá, na
Zona Oeste do Recife, o réu José Maria Domingos Cavalcante
foi condenado pelo homicídio do promotor Thiago Faria Soares e
absolvido da tentativa de homicídio contra Mysheva Freire Ferrão Martins
e Adautivo Elias Martins. José Maria foi condenado, em júri popular, a
19 anos de prisão em regime inicial fechado. Como já foram cumpridos 2
anos e 11 dias, resta o cumprimento de 16 anos, 11 meses e 19 dias da
pena.O julgamento de José Maria Domingos Cavalcante teve a duração de três dias, ocorrendo desde segunda-feira (12) até esta quarta. Na segunda, foram ouvidas a vítima Mysheva Freire Ferrão Martins e das duas testemunhas arroladas pela acusação, o delegado da Polícia Federal Alexandre Alves e a tia da vítima Mysheva Freire, Cláudia Tenório. No dia também ocorreu o sorteio dos sete jurados.
Na terça-feira (13), cinco testemunhas arroladas pela defesa foram ouvidas. Houve ainda o depoimento do perito criminal da Polícia Federal Carlos Eduardo Palhares Machado, que prestou esclarecimentos técnicos sobre o crime. Na sequência, o acusado foi interrogado. Na quarta-feira, último dia do julgamento, defesa e acusação participaram dos debates e, logo após, a sentença foi lida.
O crime
O crime aconteceu em 14 de outubro de 2013 e teve repercussão nacional. Thiago Faria seguia com a noiva e o tio dela para Itaíba, onde trabalhava, quando teve o carro interceptado no quilômetro 19 da PE-300, no município de Águas Belas. Os suspeitos efetuaram os disparos contra o promotor e fugiram em seguida.A motivação do crime, segundo a PF, envolveu a disputa pelas terras da Fazenda Nova. O acusado José Maria Pedro Rosendo Barbosa teria perdido a posse em um leilão para Mysheva, e teve que deixar sua casa. Como vingança, teria planejado o atentado.
A investigação foi marcada por divergências entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Enquanto a polícia seguia a linha de de que o crime teria sido motivado pelas terras, os promotores consideravam que o assassinato poderia ter sido motivado por vingança ou ciúmes. Devido ao empasse, o caso passou para as mãos da Polícia Federal em 13 de agosto de 2014.
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