Prejuízo milionário na Arena Pernambuco pelo terceiro ano seguido. O estado paga
Cassio Zirpoli
Diário de Pernambuco
Os
três balanços anuais da Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S.A.
foram fechados com prejuízo na operação. Um rombo de R$ 73,1 milhões. O
relatório de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015 foi divulgado dois
meses após o prazo original por causa do distrato entre o governo do
estado e a Odebrecht, com o empreendimento voltando para o poder
público. O quadro é recheado de cifras, com inúmeros caminhos para a
análise. O blog optou por dar sequência ao modelo apresentado pelo
próprio consórcio na última temporada, com dados operacionais. No caso, o
balanço publicado no Diario Oficial de Pernambuco, neste 5 de
julho de 2016, traz um saldo negativo R$ 19 milhões. O menor prejuízo
dos três balanços, mas ainda uma consequência do faturamento de R$ 24
mi, muito distante do previso em contrato.
A
receita operacional soma bilheteria, comercialização de camarotes,
realização de eventos não esportivos, catering e estacionamento, além da
parcela anual donaming rights, cujo contrato com a Itaipava
também foi rescindido. Já o custo operacional
contabilizou administrativo, pessoal, gastos com a realização dos jogos,
manutenção de itens com ar condicionado, elevadores e escada rolante,
segurança, limpeza e despesas comercias. Em março já havia sido revelado
o estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre os dois primeiros anos da
arena, com apenas 20% do faturamento previsto. De julho de 2013 a junho
de 2015, a receita projetada foi de R$ 226 milhões, com a realidade
de R$ 47 milhões.
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