sábado, 18 de julho de 2015

Dicas para comprar um carro em leilão

As empresas de leilão trabalham com automóveis originados de bancos, órgãos públicos como DER e Detran, empresas de financiamento e seguradoras / JC Arte/ Mano Lee

As empresas de leilão trabalham com automóveis originados de bancos, órgãos públicos como DER e Detran, empresas de financiamento e seguradoras

JC Arte/ Mano Lee

Para quem está procurando um veículo usado e pode pagar à vista o leilão pode ser uma modalidade interessante de compra. O valor pedido é geralmente entre 25% e 35% abaixo do mercado e o carro ainda vem pronto para ser emplacado no nome do novo proprietário. Mas é preciso atenção, pois o risco de fazer um mau negócio é grande. Os especialistas recomendam conhecer bem as regras do pregão, só fazer negócio com empresas idôneas e conceituadas no mercado e, ficar atento ao estado geral do carro para que o barato não saia caro no final.
José Alberto Vasconcelos, proprietário da Coliseum Leilões, uma das maiores empresas do setor em Pernambuco, afirma que esse tipo de compra vem aumentando entre particulares. “Quando começamos, em 1998, a grande maioria dos compradores era pessoa jurídica. Hoje os particulares respondem por mais da metade das nossas vendas”, diz José Alberto. Na Coliseum, acontecem leilões praticamente todas as semanas. No último mês cerca de mil veículos foram postos à venda entre carros, motos, caminhões e utilitários. O empresário enumera como vantagens para esse tipo de negócio, além do preço menor que o de mercado, a possibilidade da compra poder ser feita pela internet. “O interessado não precisa nem vir ao pátio no dia do leilão. Ele pode dar os lances pelo computador”, diz José Alberto sem, no entanto, deixar de ressaltar a importância de o cliente fazer antes uma visita para conhecer de perto os carros oferecidos. Se não puder estar presente, o interessado pode enviar um conhecido e, de preferência, com um mecânico junto para avaliar as condições gerais do veículo.
As empresas de leilão trabalham com automóveis originados de bancos, órgãos públicos como DER e Detran, empresas de financiamento e seguradoras. São carros que foram apreendidos, recuperados de assalto ou tiveram pequenas avarias. Claro, há também os acidentados e em estado de sucata que só serve para quem trabalha com comércio de peças usadas.
Para fazer um bom negócio no mundo dos leilões é imprescindível conhecer bem de carro, ou ter um amigo que conheça. A opinião é do administrador de empresas Ricardo Posternak. Nos últimos anos ele comprou três veículos em leilões para uso pessoal. O último foi um Citröen C3 Picasso, que foi utilizado pela esposa dele por quase dois anos e agora está com a sogra. “O carro estava muito bom e a diferença para o preço de tabela foi de 15%”. Ricardo, no entanto, diz que comprar em leilão exige paciência, conhecimento e até uma dose de sorte. “Como não é permitido rodar com o veículo antes, a compra acaba sendo uma surpresa que pode ser boa ou nem tanto assim”, explica.

Maduro abandona almoço após se irritar com Dilma

O presidente venezuelano chegou, inclusive, antes do previsto ao Palácio Itamaraty, em Brasília, para tentar fazer parte da audiência, mas não conseguiu / Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR

O presidente venezuelano chegou, inclusive, antes do previsto ao Palácio Itamaraty, em Brasília, para tentar fazer parte da audiência, mas não conseguiu

Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR

A reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Guiana, David Granger, nesta sexta-feira (17), irritou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que foi embora da reunião da cúpula de chefes de Estado do Mercosul antes mesmo do almoço de encerramento do encontro.

Maduro queria participar da reunião entre Dilma e Granger, que tratava justamente de uma rusga entre Guiana e Venezuela. Os dois países enfrentam uma crise diplomática após a descoberta de jazidas de petróleo no território de Essequibo, na região fronteiriça, e Granger pediu uma audiência bilateral para que o Brasil ajude na mediação do impasse.
O presidente venezuelano chegou, inclusive, antes do previsto ao Palácio Itamaraty, em Brasília, para tentar fazer parte da audiência, mas não conseguiu.
A chegada antecipada foi inicialmente interpretada como um erro do cerimonial, que havia estabelecido uma ordem para a entrada dos chefes de Estado a serem recebidos na entrada por Dilma.
O primeiro seria Evo Morales, presidente da Bolívia, não Nicolás Maduro.
O diplomata que acompanhava a comitiva da Venezuela não conseguiu convencer Maduro a cumprir o roteiro.
Só após a rápida reunião com Granger Dilma foi avisada de que o venezuelano já havia chegado. Foram cinco minutos de espera para que, finalmente, Maduro surgisse por trás da presidente, dessa vez recebendo calorosos cumprimentos e pedidos de desculpas de Dilma.
Depois de participar da reunião de trabalho e da sessão plenária, porém, Maduro foi embora nervoso, sem participar do almoço de encerramento da cúpula.
Na saída, disse a jornalistas que Granger "é um grande provocador", que "deixou de governar" para criar conflitos com o país vizinho.
"Creio que sua única missão à frente da Presidência da Guiana é provocar a Venezuela", afirmou Maduro. "Não venha provocar. Se quer governar, que governe", completou.
O Brasil prometeu mediar uma negociação entre Venezuela e Guiana para resolver o impasse.

''É melhor ele preso do que morto'', diz mãe que denunciou filho por tráfico de drogas

?Eu espero que quando ele sair, ele mude?, disse a mãe de Patrick. / Foto: Diego Nigro/JC Imagem

“É melhor ele preso do que morto.” Foi assim que uma mãe, que preferiu não revelar o nome, explicou o motivo que a levou a denunciar o filho único à polícia. Patrick de Sousa Cavalcanti, 18 anos, estava com drogas e peças de moto em casa. A desconfiança surgiu após a avó do rapaz relatar à filha que ele pediu para não mexer no quarto.

O jovem mora com a avó em Afogados, Zona Oeste do Recife. A mãe entrou no quarto e encontrou as peças, 186 pedras de crack, 10 gramas da mesma droga, uma balança de precisão e R$ 61. Ela chamou a polícia na tarde desta sexta-feira (17).
De acordo com a Polícia Civil, Patrick não resistiu à prisão, pois foi pego de surpresa. “Não me arrependo e faria de novo”, disse a mulher. Para outras mães que passam pela mesma situação, ela diz que denuncie e repete que é melhor o filho preso, porém vivo.
Patrick não disse como conseguiu o material. Ele foi levado à Central de Flagrantes, em Campo Grande, Zona Norte da cidade. A previsão é que o jovem seja encaminhado ao Cotel, em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, por tráfico de drogas.
“Eu espero que quando ele sair, ele mude”, concluiu a mãe.

PALAVRAS-CHAVE

Com medo de represálias, corpo de adolescente é enterrado em Teresina

Ellyo Teixeira e Gilcilene AraújoDo G1 PI
Diante da possibilidade de reações hostis de moradores de Castelo do Piauí durante o enterro de Gleison Vieira da Silva, 17 anos, que foi espancado até a morte por companheiros de cela dentro do Centro Educacional Masculino (CEM), a família da vítima realizou o sepultamento do corpo do jovem nesta sexta-feira (17), no cemitério Santa Cruz, em Teresina.

A mãe do garoto, o padrasto e uma tia acompanharam o enterro. Policiais militares e conselheiros tutelares também estiveram no cortejo.
Segundo o gerente de Internação do Centro Educacional Masculino (CEM), Herbert Neves da Cruz, após uma conversa com a mãe da vítima, ela decidiu mudar de ideia, já que desejava enterrar o filho em sua cidade natal.
Segundo o delegado Laércio Evangelista, algumas pessoas chegaram a comemorar a morte do jovem. “A cidade está eufórica após a morte do condenado pelo estupro. Moradores estão soltando fogos de artifício. Também estão se articulando para realizar uma manifestação”, afirmou Laércio, que chegou a pedir reforço policial para a cidade.
Confissão
Gleison Vieira foi espancado até a mortena noite da quinta-feira (16) dentro de uma das celas do Centro Educacional Masculino (CEM), que ele dividia com os outros três coautores da barbárie contra quatro meninas que chocou o país. Segundo o gerente de internação do CEM, Herberth Neves, ogrupo admitiu a autoria da morte e não demonstrou remorso ou arrependimento ao relatar o ato criminoso.
Para Herberth Neves, a morte de Gleison ocorreu durante o banho, quando um dos jovens teria aplicado uma gravata, fato que deu início as agressões. Já o juiz o Antonio Lopes, da 2ª Vara da Infância e Juventude em Teresina, afirmou que provavemente a vítima tenha sido atacada enquanto dormia.
Corpo de adolescente espancado foi enterrado em Teresina (Foto: Ellyo Teixeira/G1)Corpo de adolescente espancado foi enterrado em Teresina (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
A Globonews procurou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que realiza multirões e fiscaliza a condição de presídios e unidades socioeducativas no país, para falar da morte do adolescente. (Veja no vídeo)
O CNJ disse que não vai se manifestar especificamente sobre a morte de Gleison, mas encaminhou os relatórios das últimas visitas feitas à unidade.

O mais recente, de 2012, mostra que o CEM de Teresina funcionava de forma adaptada no prédio de uma antiga escola, que a estrutura física não era adequada e que havia deficiência nas atividades educacionais oferecidas aos adolescentes.
OAB diz que houve falha em vigilância
A coordenação do CEM garante que os quatro adolescentes estavam na mesma cela por medida de segurança, mesmo a vítima sendo o delator dos outros três. “A coordenação não tem essa consciência de que ia acontecer não. Nós chamamos eles pelos atos cometidos, pela rejeição dos outros jovens que estavam na unidade. Então o local que seria adequado para eles era aquele mesmo”, afirmou Herbet Neves.
O presidente da comissão de segurança da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), secional Piauí, discorda do gerente de internação do Centro Educacional Masculino e diz que a responsabilidade pela morte do jovem é da administração estadual. “O estado tem tutela jurisdicional desse adolescente e é obrigação dele zelar pela vigilância. Penso eu que houve uma falha nessa vigilância”, contou.
Destino dos outros três jovens
Após o crime, os jovens que são apontados como os autores do homicídio foram transferidos do CEM para o Complexo da Cidadania, na Zona Sul de Teresina. Representantes do Centro Educacional e da Justiça irão se reunir para decidir onde esses garotos irão cumprir o restante da suas medidas socioeducativas.
 Mãe grava vídeo 
A mãe do garoto morto, Elizabeth Vieira, gravou nesta sexta-feira (17) um vídeodepois que soube do assassinato do filho. "Foi um choque muito grande porque eu não estava esperando. Recebi a notícia, é uma dor muito grande", disse.
A mãe da vítima disse ainda que acredita que a briga entre os jovens tenha sido motivada por causa dela. No vídeo ela diz que ele a defendia muito. "Ele tinha que pagar pelo crime que cometeu, mas não desta forma", disse.
Chacina no CEM
Ainda nesta sexta-feira (17) o juiz Antonio Lopes, da 2ª Vara da Infância e Juventude em Teresina, que sentenciou os jovens a três anos de internação para cada crime cometido, comentou que o Centro Educacional onde o garoto estava internado poderia ter sido palco de uma chacina. Segundo o magistrado, os adolescentes vinham sendo ameaçados de morte pelos demais jovens da unidade.
Segundo ele, os agressores tiveram sorte, porque os jovens infratores que cumprem pena no local iriam matar os três.
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Juiz Antônio Lopes fala sobre crime dentro do CEM em Teresina (Foto: Gilcilene Araújo/G1)Juiz Antônio Lopes fala sobre crime dentro do CEM em Teresina (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
 As agressões contra o menor
Com base no depoimento dos adolescentes, o juiz Antonio Lopes deu detalhes sobre a dinâmica do assassinato de Gleisson. Ele contou que o garoto estaria dormindo no início das agressões.

"Primeiro, eles deram o que chamaram de 'voadora', e quando a vítima caiu, foi dominada. E daí as agressões começaram com socos e pontapés. Eles chegaram a bater a cabeça dele contra uma estrutura de cimento", disse.
Um policial militar que estava de plantão na noite de quinta-feira disse que no momento da confusão entre os adolescentes havia quatro educadores e sete PMs no CEM. "Quando ouvimos os gritos corremos para a cela e conseguimos retirar o rapaz com vida, mas não resistiu", contou.
 Os três adolescentes suspeitos do homicídio foram removidos do CEM e permanecem agora em salas separadas no Complexo de Defesa e Cidadania. Um inquérito será aberto pela Delegacia do Menor Infrator para apurar o crime.
Casa de Detenção Provisória de Altos foi inaugurada nesta segunda-feira (11) (Foto: Gilcilene Araújo/G1)Adão se envolveu em uma briga com presos em
penitenciária (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
Nessa quinta-feira (16), o adulto que é acusado de ser o mentor do estupro coletivo se envolveu em uma briga dentro da penitenciária onde está preso e acabou sendo agredido por outros dententos. Adão José de Sousa, 40 anos, teve escoriações, mas segundo a Polícia nada grave.

No mesmo dia, Adão foi encaminhado de volta à Casa de Detenção Provisória de Altos, a 20 km de Teresina, onde está lotado.

Entenda o caso
No dia 27 de maio, quatro adolescentes foram brutalmente agredidas, estupradas e depois jogadas do alto de um penhasco em Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina. Uma das jovens morreu após 10 dias internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). As outras três também ficaram hospitalizadas e já receberam alta.

Os quatro adolescentes suspeitos de participação no crime foram apreendidos horas após a barbárie. Um quinto suspeito, Adão José de Sousa, 40 anos, foi preso dois dias depois.

Estupro, espancamento e morte: a tarde de horror


A porta de um dos cômodos na casa do comerciante Jorge Moura, de 52 anos, na pequena Castelo do Piauí, a 180 quilômetros de Teresina, não é aberta há duas semanas. Moura e a mulher não conseguem entrar no local desde que a filha Danielly Rodrigues Feitosa, de 17 anos, desapareceu na tarde de 27 de maio depois de subir com três amigas o Morro do Garrote para tirar fotos que seriam publicadas em redes sociais. No caminho, as estudantes foram rendidas por quatro adolescentes que, naquela tarde, usavam drogas na companhia de um traficante de 39 anos, fugitivo de São Paulo. O desfecho desse encontro foram duas horas de terror. As meninas foram despidas à faca, amordaçadas com as próprias roupas íntimas, amarradas a um cajueiro, torturadas e obrigadas a manter relações sexuais com os cinco menores. Depois disso, foram atiradas de um penhasco. A queda no terreno de pedregulhos pontiagudos provocou ferimentos severos. Elas ainda ficaram cravejadas de espinhos pelo corpo. Como sobreviveram, dois menores desceram o morro e tentaram liquidá-las a pedradas.Danielly morreu no último domingo e uma das vítimas permanece internada em estado grave. A atrocidade foi cometida no momento em que o Congresso Nacional parece ter decidido fazer avançar mudanças na maioridade penal no Brasil. Quem conheceu as quatro meninas da minúscula cidade do Piauí, estado recordista em indicadores negativos no país, só quer resposta para uma pergunta: menores que cometem crimes brutais como esse vão ficar impunes?

"Nunca vou me conformar com uma brutalidade dessas. Que Deus os mande bem para longe, para onde merecerem", disse o pai de Danielly ao site de VEJA.
As buscas pelas garotas começaram na noite de 27 de maio. Policiais civis encontraram as duas motos Honda Bros de 150cc, pilotadas por elas, no pé do morro. As motos foram reconhecidas por vizinhos e familiares, o que fez com que os policias retornassem às pressas para o local, acompanhados por dezenas de populares. As meninas foram avistadas empilhadas nas rochas de cor acobreada. Só uma não estava desacordada, mas agonizava e se apavorou ao escutar as vozes. A Polícia Civil não teve dúvida: os primeiros suspeitos eram os garotos que há tempos aterrorizavam a cidade - nos últimos dois meses, I.V.I, de 15 anos, teve oito acusações registradas por furto de residência e roubo de motos.
A barbárie chegou rápido aos ouvidos da população de Castelo do Piauí. Uma barricada de pneus em chamas à porta da delegacia e centenas de pessoas clamando por Justiça tomaram as ruas. Os menores foram levados para quatro pontos diferentes da cidade para evitar um linchamento. Foram depois transferidos para a delegacia de Campo Maior, onde foram ouvidos, confessaram o crime e apontaram o traficante Adão José Silva Souza como mentor. Ele fornecia crack e maconha para os meninos.
No caminho do crime - A história de vida dos menores infratores não surpreende: são notórios garotos-problema na cidade. Criados em famílias pobres e desestruturadas, eram usuários de crack e maconha e semanalmente costumavam ser detidos por furtos e roubos.
Nos últimos anos, a culpa por quase todos os pequenos furtos que ocorrem no município recaem sobre os garotos, agora jurados de morte pela população. Na quinta-feira, a primeira audiência deles na Justiça precisou ser transferida para Teresina por falta de segurança. A faixa negra no portal de entrada de Castelo do Piauí reflete o clima de tensão e vingança.
De 2014 para cá, foram doze boletins de ocorrência contra o menor I.V.I. - nem todos com autoria comprovada - e mais seis atos infracionais confirmados, num total de dezoito casos de polícia. Dezenas de vítimas relatam crimes com o mesmo modus operandi do menino (invasões pela janela ou pelo telhado), mas temem acusá-lo. Após se notabilizar por furtos em residência, ela agora andava roubando motos. "São muitos atos infracionais praticados por eles, principalmente o I.V.I., que é detido com frequência. Desde os dez anos de idade essa criança está fazendo coisa errada e os atos infracionais atribuídos talvez cheguem a quase cem", diz o coordenador de Polícia Civil de Castelo do Piauí, Edílson Lima.
O site de VEJA consultou dados da delegacia de Castelo do Piauí, que não possui delegado fixo, está em condições precárias de funcionamento e só tem registros recentes em seu arquivo. Sobre os adolescentes envolvidos no estupro coletivo, além das acusações atribuídas a I.V.I., há dez registros diferentes desde 2013 de atos infracionais confirmados por furto, roubo, ameaça, resistência e associação criminosa. Em algumas ações, eles usaram peixeiras para ameaçar as vítimas. Há ainda registros de três pedidos de internação referentes a membros do grupo: um para G.V.S e dois para I.V.I. O último deles, motivado pelo furto de um notebook, foi assinado pelo delegado Laércio Evangelista vinte dias antes do estupro.
G.V.S.: "Quero ser bandido" - G.V.S é o menor que aparece em vídeo obtido pelo site de VEJA. Nele, acusa o traficante Adão José Silva Souza de ter forçado as quatro vítimas a manter relações sexuais com ele e com todos os meninos com uma arma à mão - a versão também consta dos depoimentos dos demais menores, embora a polícia não tenha encontrado o revólver 38 na cena do crime, nem um revólver 32, que também aparece em um dos depoimentos. O vídeo foi gravado por policiais civis após a captura dos menores na manhã seguinte ao crime - os celulares das vítimas ainda estavam jogados no local.
G.V.S foi reconhecido por fotos durante o depoimento de duas das adolescentes que conseguiram falar à polícia: J.L.S., de 15 anos, que recebeu alta nesta semana, e I.C.M.F., de 16 anos, que sofreu traumatismo craniano. Segundo elas, foi ele quem as abordou primeiro com uma faca, e não Adão. A terceira sobrevivente, R.N.S.R, de 17 anos, ainda não teve alta no Hospital de Urgências de Teresina (HUT).
"Esse menor de 17 anos é frio e calculista, não consigo acreditar que um ser humano faça tamanha crueldade". Ela lembra que ele veio primeiro colocou uma faca no pescoço da Danielly. Elas tentaram correr, mas ele ameaçou matá-la. "Minha sobrinha disse 'tia, nós paramos porque eu não ia suportar carregar essa culpa comigo'", diz a professora e historiadora Márcia Mineiro, que acompanhou a sobrinha I.C.M.F. na ambulância durante o transporte para Teresina. Durante a transferência, a jovem não largou a mão da tia. "Ela cravou a unha na minha mão e apertava quando alguém encostava nela. Ela sabe o que aconteceu, não lembra muito, mas quando eu perguntei sobre a violência sexual, só chorou."
A mãe do infrator G.V. S afirma que ele começou a se envolver com o crime logo aos 10 anos de idade. Estudou apenas até a 5ª série e abandonou a escola. O primeiro roubo foi um CD. Depois partiu para celulares e câmeras. No ano passado, já havia sido internado por 45 dias no Centro de Internação Provisória (CEIP) por furtos repetidos. Quando saiu, o menor disse: "Nunca mais vou pisar nesse lugar".
G. V. S. mora em um pequeno casebre em uma rua de terra batida a menos de um quilômetro do local onde participou do estupro. Vive com o padrasto e a mãe, que está gravida do oitavo filho. Sua certidão de nascimento traz um traço no local destinado ao nome do pai. G.V.S. têm duas irmãs gêmeas de seis anos, uma de 9 anos, uma de 12 anos e outra de 15 anos, além de um irmão de 19 anos, que sofre de distúrbios mentais. O filho mais velho é a fonte da renda principal da família: recebe um salário mínimo do governo. A mãe recebe 260 reais do programa federal Bolsa Família. Ela não trabalha e o padrasto do adolescente vive de bicos. .
Segundo a mãe, G.V.S tinha comportamento agressivo com as irmãs. Conta que sempre que o garoto entrava em casa, as meninas diziam: "Lá vem o ladrão!". G.V.S ficava furioso. Para a mãe, a culpa pelo comportamento do filho é das más companhias e das drogas. Ela diz que sempre implorou para que ele "saísse dessa vida e fosse trabalhar" e que chegou a ameaçar abandoná-lo. O promotor Cezário Cavalcante Neto conta que já decidiu perdoar G.V.S. em uma audiência e solicitou que ele fosse matriculado em uma escola em vez de ser internado. O garoto reagiu: "Ele disse na minha frente e na frente do juiz 'Quero é ser bandido mesmo'. Fiquei em choque".
I.V.I.: Terror da cidade - Há cerca de dois meses, a família de I.V.I se mudou para um pequeno imóvel comercial de uma tia do adolescente, com medo de que ele sofresse represálias da população. Aos 15 anos, I.V.I já não respeita os pais. É autor em seis atos infracionais registrados na delegacia de Castelo do Piauí. Em dezembro de 2014, quando o delegado Laércio Evangelista pediu sua internação pela segunda vez, I.V.I havia tentado esfaquear um policial militar após ter furtado e levado para casa celulares, um relógio e uma espingarda. O delegado comunicou ao Ministério Público que I.V.I estava "ameaçando e aterrorizando" a população de Castelo do Piauí e que já haviam perseguido o menino pelas ruas tentando matá-lo. Um dia antes do estupro, em 26 de maio, I.V.I e B.F.O foram autuados por roubo.
"Quero que ele fique internado para ver se sai deste mundo em que estava vivendo. Qualquer hora chega a notícia que não quero receber nunca", diz a desempregada Patrícia Visgueira Izaias, de 38 anos, mãe de I.V.I. "Acho que não convém ele voltar para Castelo", diz o pai, Manoel Izaias, de 63 anos, carpinteiro aposentado por sofrer de distúrbios mentais.
Patrícia visitou o filho no Centro de Internação Provisória no domingo.Ela disse que ele não demonstrava preocupação e que pediu que ele confessasse a ela o envolvimento no estupro coletivo. Ele disse à mãe que permaneceu na casa de um vereador na cidade, tio de uma das vítimas, onde teria trabalhado pela manhã furando um poço. "A desgraça da vida do I.V.I foram as amizades. Antes ele me ajudava com tarefas domésticas e era muito apegado aos irmãos."
Desobediente e desinteressado, I.V.I já não era aceito nos colégios de Teresina e a família teve de apelar ao Conselho Tutelar para conseguir matriculá-lo. "Até eu me matriculei para ver se ele ia junto, mas nos dias que eu fui ele não ia, até que abandonei também", conta a mãe.
A Assistência Social da Cidade já recomendou acompanhamento psicológico por seis meses, mas o adolescente só aceitou ir a uma consulta. I.V.I chegou a ficar internado em uma unidade da Fazenda da Paz, nas proximidades de Timon, no Maranhão, uma clínica terapêutica para dependentes de drogas, mas fugiu do lugar com menos de uma semana. "Eu deixei ele na porta e menos de uma semana depois ele apareceu na casa da minha irmã em Teresina".
O Ministério Público já representou pela internação máxima para os quatro acusados de associação criminosa, estupro, homicídio, corrupção de menores e três tentativas de homicídio. Ainda que sejam considerados culpados pelo estupro coletivo, eles só poderão ficar até três anos internados, segundo a atual legislação, agora em debate no Congresso Nacional.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Bianchi morre 9 meses após acidente, e F-1 tem primeira morte desde Senna

Aos 25 anos, Bianchi estava em coma desde que bateu seu carro contra um guindaste que estava fora da pista. A morte foi informada pela família de Bianchi em redes sociais / Foto: Andrew Hone/ Pirelli

Aos 25 anos, Bianchi estava em coma desde que bateu seu carro contra um guindaste que estava fora da pista. A morte foi informada pela família de Bianchi em redes sociais


Nove meses após sofrer um grave acidente no GP de Suzuka, no Japão, o piloto de F-1 Jules Bianchi morreu nesta sexta-feira (17). Aos 25 anos, ele estava em coma desde que bateu seu carro contra um guindaste que estava fora da pista. A morte foi informada pela família de Bianchi em redes sociais.

Bianchi pilotava uma Marussia quando perdeu o controle do carro sob chuva e chocou-se contra o guindaste que estava na área de escape para retirar o carro de Adrian Sutil, que havia escapado da pista no mesmo local pouco antes.
"Jules lutou até o fim, como ele sempre fez, mas hoje sua batalha chegou ao fim", diz a família. "A dor que sentimos é imensa e indescritível. Gostaríamos de agradecer a equipe médica do Centro Hospitalar Universitário de Nice (França), que cuidou dele com amor e dedicação", acrescenta a nota.
"Além disso, gostaríamos de agradecer aos colegas, amigos, fãs e todos que demonstraram sua afeição por ele ao longo dos últimos meses, o que nos deu muita força e nos ajudou a lidar com tempos tão difíceis. Ouvir e ker tantas mensagens nos fez perceber o quanto Jules tocou os corações e mentes de tantas pessoas ao redor do mundo."
Desde o acidente que matou o tricampeão mundial Ayrton Senna em maio de 1994, nenhum outro piloto havia morrido após acidentes em provas da F-1.

MARGINAL TENTA TROCAR TIRO COM A POLÍCIA COM REVOLVER DE MADEIRA

 No início da tarde de ontem (quinta-feira), um fato inusitado aconteceu na área policial do 24º Batalhão da Polícia Militar (BPM) em Santa Cruz do Capibaribe, tendo em vista que, um elemento tentou trocar tiros com o efetivo da Polícia Militar utilizando um simulacro de arma de fogo feito de madeira.

 Segundo informações repassadas a nossa reportagem, depois de receber denúncias dando conta que, na Rua David Monteiro dos Anjos no Centro da Cidade, as margens do Rio Capibaribe, estaria um elemento em poder de um automóvel Gol de cor branca e placas DDO-3558 roubado, traficando drogas no local.
 Foi feito diligências através das equipes GATI, ROCAM e Oficiais de Operações, quando ao avistar o policiamento, o imputado Anderson Pedro de Melo, entrou em fuga adentrando em uma residência e saindo pelos fundos.


 Os policiais deram início a uma intensa perseguição, momento em que, o acusado sacou o simulacro e apontou para a guarnição que por sua vez, efetuou um disparo que atingiu a perna do envolvido que mesmo assim, continuou a fuga, subindo no telhado de algumas residências, mas não obteve êxito e acabou capturado e socorrido para o Hospital Municipal Raimundo Francelino Aragão. Após receber os primeiros atendimentos o indivíduo foi transferido para o Hospital Regional do Agreste (HRA) em Caruaru.
 O carro segundo consulta realizada pela PM, foi tomado em um assalto no estado da Paraíba. Ainda de acordo com a Polícia Militar, o Anderson confessou ser comparsa do elemento conhecido como “Gato Felix”, bastante conhecido pela Polícia e seria o autor do roubo do automóvel.

PAI E FILHOS SÃO EXECUTADOS A TIROS NA ZONA RURAL

Chacina aconteceu no Sítio Passagem, vítimas eram de Jucati
pai-e-filhos-mortos-na-zona-rural-de-capoeiras-620x359O fim da tarde desta sexta-feira (17) foi marcada pela violência em Capoeiras no Agreste pernambucano, o pai e os dois filhos viajavam por uma estrada vicinal do Sítio Passagem, quando dois elementos em uma moto interceptaram o caminhão F 4000 de placas NPT-8695 que as vítimas estavam.
pai e  filhos mortos em capoeiras agresteviolento.com.br 2 (2)As vítimas residiam no Sítio Banquete na Zona rural de Jucati também no Agreste, eles foram alvejados por disparos de arma de fogo, o pai foi encontrado morto ao lado do caminhão, um dos filhos dentro do caminhão e o outro ainda tentou correr quando tombou a cerca de 500 metros de onde estavam as outras vítimas, a reportagem do Agreste Violento esteve no local e populares disseram que as vítimas tinham envolvimento com ações criminosas, na carroceria do caminhão estava uma motocicleta desmontada, a s policiais militar e civil compareceram ao local e após o levantamento cadavérico os corpos seguiram para o IML de Caruaru.
pai e  filhos mortos em capoeiras agresteviolento.com.br 2 (1)As vítimas foram identificadas como sendo, o pai Eronides Monteiro da Silva de 58 anos e os filhos Evandro Monteiro da Silva, 28 anos e Enildo Monteiro da Silva de 30 anos, Enildo já cumpriu pena por crime de receptação e estava de alvará de soltura.

Audiência do Orçamento Participativo na Associação dos Agricultores do Oiti



A Prefeitura Municipal de Taquaritinga do Norte, através da Secretaria de Finanças - SEFIN,  com o apoio das Secretarias de Gestão -SEGEP,  Obras e Urbanismo - SEURB,  Articulação -SEARP, e  Departamento Especial de Imprensa e Marketing, realizou nessa quinta-feira(16), as 19:00 horas, na Associação dos Agricultores do Oiti, uma audiência Pública do Orçamento Participativo, onde os moradores das comunidades do Oiti, Cachoeira do Arroz e Balança, puderam exercer a sua cidadania, debatendo suas necessidades e escolhendo as prioridades como propostas para o Orçamento Participativo/2016.

A audiência foi comandada pelo Sr. José Pereira Coelho, secretário de Obras, suprindo a ausência da Secretaria de Finanças que se encontra enferma.  Além da equipe  da Prefeitura estiveram presentes também a Vereadora Rogéria Cristina, os Senhores Adriano Lages e Luiz Cabral, respectivamente presidente e tesoureiro da Associação de Moradores do Oiti, além de um bom número de populares. 



Esclarecemos que as pessoas que não puderam comparecer a essa audiência e tiverem alguma sugestão, poderão envia-las através do Site Oficial e Portal da Transparência da Prefeitura(www.taqdonorte.com.br) ou deposita-las nas Urnas expostas no pátio da Prefeitura, na Agência do Banco do Brasil em Taquaritinga, no Centro Comercial Demétrio Paes de Andrade, no Centro Administrativo de Pão de Açúcar e também no Centro Administrativo de Gravatá do Ibiapina.

   

Adriano Lages, Presidente da Associação dos Agricultores do Oiti, teve papel importante na mediação das propostas.


Coordenador de Imprensa e Marketing falou da conjuntura econômica que limita a gestão pública e da importância da participação ativa e consciente da população.
Vereadora Rogéria Cristina enriqueceu o debate com suas colocações.

Os trabalhos da mesa foram coordenados por Zeca, secretariados  e por Rúbia, com   apoio de Junior Batista e Alberto Barbosa.






Participantes atentos escutaram as explanações e apresentaram as suas reivindicações.

Confira algumas delas:

Oití:
 - Estradas - manilhas - Luminárias - Sinal para celular - Cisternas - Banheiros - Coleta de Lixo - Educação de Jovens e Adultos (EJA) - Agente de Saúde - Dentista - Enfermeiros - Lavadores de roupa na Associação.

Cachoeira do Arroz:
- Coleta de Lixo - Estradas - luminárias

Lagoa de Farias:
-Coleta de Lixo - Estradas - Luminárias

Lagoa do Oití:
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Ventos causam prejuízos e ondas divertem crianças

Ventos causam prejuízos e ondas divertem crianças

Rajadas de vento de até 29 quilômetros por hora derrubaram árvores, poste, tapumes e arrastando vários objetos pelo caminho


Da Editoria de Cidades

Ondas arrebentaram no dique de Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Ondas arrebentaram no dique de Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Rajadas de vento de até 29 quilômetros por hora (a média de velocidade dos ventos é de 7,2 quilômetros) atingiram o Grande Recife, nesta quinta-feira (16), derrubando árvores, poste, tapumes e arrastando vários objetos pelo caminho. Conforme a Agência Pernambucana de Água e Clima (Apac), a brisa forte é provocada pela interação dos ventos com um sistema chamado Anticiclone do Atlântico Sul e deve se estender até o domingo. Com o fenômeno também há previsão de mais chuvas e ondas de até quatro metros no litoral nordestino e de até cinco metros em alto-mar entre os Estados da Bahia e de Pernambuco.
"É comum uma brisa forte derrubar árvores, mas isso depende também do estado de conservação delas”, salienta o meteorologista Fabiano Prestrelo, da Apac. A ação dos ventos, nos casos registrados, provavelmente foi reforçada pelas chuvas. “A previsão é de que continue chovendo, com intensidade de fraca a moderada, e acumulados que podem ultrapassar os 30 milímetros. As chuvas serão distribuídas, mais concentradas pela manhã e à noite.” 
Ondas fortes já foram presenciadas, nesta quinta (16), arrebentando no dique de Brasília Teimosa, Zona Sul da capital, em meio a crianças da comunidade que se divertiam. Na quarta-feira, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTec), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) emitiu alerta para a ressaca, repassado pela Capitania dos Portos a marinas, portos, agências e pescadores.

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