terça-feira, 22 de setembro de 2015

CRISE : Com folha de pagamento atrasada há três meses, prefeito piauiense diz não saber como sair da crise

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Pref. São José da Varjota (PI)









Imagine administrar um Município onde os recursos não têm sido suficientes para pagar os salários dos servidores públicos? É o que acontece em São João da Varjota, no interior do Piauí. O prefeito Raimundo Barbosa entrou em contato com a Confederação Nacional de Municípios (CNM) para pedir ajuda. Ele disse não saber mais o que fazer para conseguir manter um dos setores essenciais de um governo: a Educação.
Em depoimento à Agência CNM, o prefeito explica que os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) caíram bastante este ano. Assim, há três meses ele não paga a folha dos servidores, nem da Educação, nem da Saúde ou de qualquer outro setor da prefeitura. Isso sem contar o fornecedores, que também não foram pagos.
Questionado sobre como eles têm recebido esse atraso, ele disse que, infelizmente, não sabe como cobrir os meses devidos. "O dinheiro que vem pras prefeituras tem acabado. Estamos em dificuldade para pagar o funcionalismo, energia que aumentou, os encargos sociais, o salário mínimo desde o início do ano e este mês nós recebemos 38% a menos do que no ano passado. Está difícil. O setor mais grave é a Educação."
Fundeb insuficiente
O prefeito conta que os professores tiveram o aumento, como manda a lei, mas ele não tem como manter. "Temos que tirar R$ 50 mil ou R$ 60 mil do FPM e assim fico sem pagar fornecedor. O dinheiro do Fundeb tá longe de dar pra pagar o professor. Antes, com esses recursos, pagávamos zelador, professor e vigia. Mas, desde junho não tem dado. Eu não tiro um centavo para comprar material e combustível dos veículos da Educação", conta.
Toda a transferência do Fundeb, que serve teoricamente para pagar os profissionais e manter as escolas, não tem dado nem mesmo para cobrir a folha dos educadores, conclui.
Durante a entrevista, o prefeito disse que os deputados, senadores e, em especial, o governo federal precisam conhecer essa situação. São João da Varjota é um Município de pequeno porte, com pouco mais de cinco mil habitantes e, portanto, não tem receita própria. O FPM é a fonte de custeio de todos os serviços oferecidos pela gestão municipal.

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