domingo, 5 de janeiro de 2014

Um popular no poder


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Lê os jornais com um iPad apesar de viver em uma humilde chácara, quase sem segurança e onde ele mesmo cozinha carne com cebola, seu prato preferido – assim é José “Pepe” Mujica, o  presidente do Uruguai, que recebeu a Agência Efe para uma entrevista junto com sua inseparável cadela de três patas, Manuela. Não é de hoje que Mujica chama atenção por seu estilo de vida simples.

Nem pela pequena guarita com dois policiais situada na frente do local alguém poderia imaginar que o austero sítio no qual vive com sua esposa, a senadora Lucía Topolansky, é a atual residência presidencial uruguaia.

Localizada a dez quilômetros de Montevidéu, em uma área rural na qual só se escuta o canto das aves, a primeira coisa que chama atenção na chácara são suas paredes descascadas e tetos de zinco verde, assim como as galinhas que ciscam no pátio em torno da roupa estendida no varal.

“Minha maneira de viver é consequência da evolução da minha vida. Lutei até onde é possível pela igualdade e equidade dos homens”, afirma em tom reflexivo este ex-guerrilheiro que passou 14 anos na prisão, a maioria durante a ditadura (1973-1985), atualmente com 78 anos de idade.

Para Mujica, do bloco esquerdista Frente Ampla, “o mundo está prisioneiro hoje da cultura da sociedade de consumo e o que está se consumindo é vida humana, em quantidades enormes”, pois se perdeu a capacidade de desfrutar o tempo e a ideia que “estar vivo é um milagre”.

“As pessoas não compram com dinheiro, compram com o tempo que tiveram que gastar para ter esse dinheiro. Não se pode desperdiçar esse tempo, é preciso guardar algum tempo para a vida”, argumenta o homem que preside um país de 3,3 milhões de habitantes e que se vende como paraíso da natureza e da tranquilidade.

Vestido com roupa e tênis esportivos de tons cinzentos e negros, Mujica lembra então a célebre frase de Séneca que “pobres são aqueles que precisam de muito”, mas depois esclarece que seu estilo não é uma “valorização da pobreza”, mas “da sobriedade no viver”. (Época)

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